quinta-feira, 17 de junho de 2010

Desapontada (...)




Feche os olhos e sinta a harmonia.
Feche os olhos novamente e veja o breu.

Foi mais ou menos assim que eu me sentí num primeiro momento de fúria e desentendimento.
Pensei que podia permanecer aonde eu estava pelo tempo que fosse, não estava absolutamente confortável na situação sabendo que minha mente estava ficando absoleta, enquanto poderia trocar de lugar e ganhar novos conhecimentos.

É engraçado parar pra pensar no olhar das pessoas e em todas as situações que eu passei no dia de hoje. Elas me olhavam de uma forma diferente, parece que de certa forma adivinhavam que algo iria acontecer. Um brilho solidário e muito diferente do usual. Até ontem mesmo tive uma conversa com uma amiga e ela me incentivou a mudar, a tentar novos lugares e a sair daquela situação.

O interessante é que ninguém podia prever o futuro. E de fato, aconteceu.

Me demití por justa causa.
Devido as circunstâncias e diante de tudo o que aconteceu, tudo me levaria a crer que poderia processar o meu chefe por Assédio Moral. Por ter falado tudo o que ele disse, e ainda me fazer pagar um vexame sem igual na frente de outrem.
Mas apesar de tudo, eu nao acho que seja lucrativo processar alguém por suas atitudes que nunca vão mudar. Jogá-lo na justiça com o intuito de tirar dinheiro indireto, não vai fazer deste ser humano uma pessoa normal ou uma pessoa melhor.
Além do que eu estaria gastando meu próprio tempo e dinheiro com uma 'causa'/pessoa perdida.

O que me doeu mais foi ver o modo pelo qual o meu superior naquele momento me interpelou. Xingando e gritando sem motivo. Poderia ter ocorrido uma conversa, além das explicações pelas quais não me foram passadas. Eu deveria ter sido avisada sobre a rejeição de tal objeto e a não entrega do dinheiro pago pelo serviço. Eu poderia ter sido poupada por tudo isso. Não fui avisada sobre. Não sabia nada.

Não tenho bola de cristal. Não sou cartomante. Nem mãe de santo.

Até que eu resistí por bastante tempo.
Soube que muitos não passam de 3 meses.
O ciclo de funcionários por ali é muito grande, ninguém resiste as humilhações.

Agora, meu veio uma onda de Coragem e de Confiança.
Vou buscar o meu verdadeiro caminho, entrar de fato no meu ramo.
Amanhã é um novo dia e nada melhor do que começa-lo entregando currículos,
e no fim do dia dar um mergulho no mar.
Melhor que sal grosso, pimenta, olho de boi e paduá.
O mar reestabelece tudo o que está ruim na alma.

E aí vem aquela frase: "Nada do que um dia após o outro";
Mas a melhor que eu já lí: "Depois das tormentas vêm água límpida e fecunda".

O que tiver que ser, será!.

domingo, 13 de junho de 2010

Desistir seria a palavra ?!

As vezes eu penso em desistir.
E quase sempre é a sensação de 'desamor'.
Desamor seria o fato pelo qual a pessoa gosta de uma outra, e essa outra não lhe dá o devido afeto. Ou desdenha de tal.
As vezes penso em dormir o dia todo, dormir seria o único jeito além da morte de não pensar em nada que faça lembrar daquela pessoa e daquele fato.
Dormir anestesia, acalma, faz tudo desaparecer.
A morte seria algo trágico, violento, não desfaz o amor.

Quando eu estou triste, eu lembro que tenho sempre uma válvula de escape.
E essa válvula é simplesmente, um Amigo!.
Esse amigo é como um irmão que eu não tive de sangue, mas sim de coração.
Eu larguei o nosso convívio atrás da minha terra natal, atrás de um sonho.
Mas sempre que estou triste, que as lágrimas me vem aos olhos, eu lembro dele,
lembro que não posso parar, a vida deve seguir, ele está seguindo por mais que eu o tenha 'abandonado', por mais que estejamos sozinhos.
Assim como uma tábua de salvação, é assim como eu me sinto em relação à ele.
É como se, de alguma forma eu me segurasse à ele, mentalmente, nos momentos difíceis. Estamos muito longe, distantes por 4mil km's . Mas muito perto do coração.

E quando tudo está caindo por água abaixo, é nele que eu penso.
É na força que ele tem para resistir aos desafios e aos problemas.
Lembro que é preciso vencer, é preciso para um dia encontrá-lo novamente.

Essa forma de amor é a amizade, essa nunca desaparecerá!
Nem por morte, nem por depressão, nem por ódio, nem por vingança.

Deveria ser uma forma inteligente de pensar que o mundo poderia ser regido pela amizade, o amor vem com a firmeza desta, e assim fluiria.
Mas não, além dos saltos e assim riscando as etapas, já pula o começo e o meio, deixando sem cortinas, o fim.
Deveríamos não idealizar o futuro, não sustentar ilusões, não predizer acontecimentos.
O certo seria não depender de alguém, nem em pensamento.
Depender no sentido de relacionamento.
A firmeza, a auto-estima e o foco deveriam ser os eternos objetivos.
Mas não, há de ter sempre alguém que sirva como um alicerce, como algo que sirva de base de apoio.

É irritante pensar assim..
Claro que precisamos de algo ou alguém, assim como as plantas precisam do sol.
Mas as coisas poderiam ser mais simples, por que não?!.

Antigamente todo material era extraído da madeira, agora boa parte é extraído de produto reciclado.
O ser humano também poderia depender de algo que não fosse humanamente racional e inteligível. Poderia depender da luz. Poderia ter a base natural. Assim como o esporte, assim como as atividades de lazer que nutrem e alimentam a adrenalina.
Uma substância que ajuda a interagir com o meio, além de fazer com que o sujeito encare desafios cada vez maiores. E de certo fique mais centrado em seus objetivos sem único e exclusivamente depender de 'alguém' de fato.

Imagino que tem variadas formas de se entreter sem ficar pensando no EU interior,
na voz que não pára de falar no lado esquerdo do cérebro.
Essa voz que nos faz criar muitas perguntas, sem muitas respostas úteis.

O que seria de nós sem uma dependência física e emocional por outrem ?.