domingo, 13 de junho de 2010

Desistir seria a palavra ?!

As vezes eu penso em desistir.
E quase sempre é a sensação de 'desamor'.
Desamor seria o fato pelo qual a pessoa gosta de uma outra, e essa outra não lhe dá o devido afeto. Ou desdenha de tal.
As vezes penso em dormir o dia todo, dormir seria o único jeito além da morte de não pensar em nada que faça lembrar daquela pessoa e daquele fato.
Dormir anestesia, acalma, faz tudo desaparecer.
A morte seria algo trágico, violento, não desfaz o amor.

Quando eu estou triste, eu lembro que tenho sempre uma válvula de escape.
E essa válvula é simplesmente, um Amigo!.
Esse amigo é como um irmão que eu não tive de sangue, mas sim de coração.
Eu larguei o nosso convívio atrás da minha terra natal, atrás de um sonho.
Mas sempre que estou triste, que as lágrimas me vem aos olhos, eu lembro dele,
lembro que não posso parar, a vida deve seguir, ele está seguindo por mais que eu o tenha 'abandonado', por mais que estejamos sozinhos.
Assim como uma tábua de salvação, é assim como eu me sinto em relação à ele.
É como se, de alguma forma eu me segurasse à ele, mentalmente, nos momentos difíceis. Estamos muito longe, distantes por 4mil km's . Mas muito perto do coração.

E quando tudo está caindo por água abaixo, é nele que eu penso.
É na força que ele tem para resistir aos desafios e aos problemas.
Lembro que é preciso vencer, é preciso para um dia encontrá-lo novamente.

Essa forma de amor é a amizade, essa nunca desaparecerá!
Nem por morte, nem por depressão, nem por ódio, nem por vingança.

Deveria ser uma forma inteligente de pensar que o mundo poderia ser regido pela amizade, o amor vem com a firmeza desta, e assim fluiria.
Mas não, além dos saltos e assim riscando as etapas, já pula o começo e o meio, deixando sem cortinas, o fim.
Deveríamos não idealizar o futuro, não sustentar ilusões, não predizer acontecimentos.
O certo seria não depender de alguém, nem em pensamento.
Depender no sentido de relacionamento.
A firmeza, a auto-estima e o foco deveriam ser os eternos objetivos.
Mas não, há de ter sempre alguém que sirva como um alicerce, como algo que sirva de base de apoio.

É irritante pensar assim..
Claro que precisamos de algo ou alguém, assim como as plantas precisam do sol.
Mas as coisas poderiam ser mais simples, por que não?!.

Antigamente todo material era extraído da madeira, agora boa parte é extraído de produto reciclado.
O ser humano também poderia depender de algo que não fosse humanamente racional e inteligível. Poderia depender da luz. Poderia ter a base natural. Assim como o esporte, assim como as atividades de lazer que nutrem e alimentam a adrenalina.
Uma substância que ajuda a interagir com o meio, além de fazer com que o sujeito encare desafios cada vez maiores. E de certo fique mais centrado em seus objetivos sem único e exclusivamente depender de 'alguém' de fato.

Imagino que tem variadas formas de se entreter sem ficar pensando no EU interior,
na voz que não pára de falar no lado esquerdo do cérebro.
Essa voz que nos faz criar muitas perguntas, sem muitas respostas úteis.

O que seria de nós sem uma dependência física e emocional por outrem ?.